sexta-feira, 3 de abril de 2009

Economia

Economia Mundial Século XIX

No século XIX, Karl Marx fez a crítica mais influente à economia de mercado e à ciência econômica ao defender que esta forma de organização econômica é uma forma de exploração do homem pelo homem. Marx defendia que toda riqueza era produzida pelo trabalho humano e que os donos do capital se limitavam a apropriar-se da riqueza produzida pelos trabalhadores. Os argumentos de Karl Marx não convenceram os defensores da economia de mercado já que foram criticados por Böhm-Bawerk, Ludwig von Mises, Friedrich Hayek e outros.
Antes da Grande Depressão, ocorreram a Primeira Guerra Mundial, a Revolução Russa de 1917 e os levantes revolucionários através da Europa do início dos anos 20. O crescimento avassalador da economia mundial no fim do século XIX e no início do século XX e o surgimento de novas potências - Alemanha, Japão e Estados Unidos - destruiu o antigo equilíbrio internacional do século XIX, levando à guerra. E o crescimento da classe trabalhadora ocasionado por essa expansão da economia capitalista, significou o envolvimento das massas populares nas lutas políticas.


Economia Mundial Século XX

O século XX econômico tem início na década final do século XIX, quando o capitalismo "manchesteriano" de meados daquele século entra em sua fase madura de industrialização e de incorporação de um novo fluxo de inovações tecnológicas no quadro da segunda revolução industrial (não mais marcada pela máquina a vapor, mas pela eletricidade, pelo motor a explosão e pela química). É a fase de formação de "trustes e cartéis", moderadamente controlados por leis de defesa da concorrência, da passagem do "laissez-faire" doutrinal para o protecionismo comercial e o nacionalismo econômico, com a prática agressiva de tarifas diferenciadas e o desenvolvimento de zonas geográficas de exclusão (as "preferências imperiais" do apogeu do colonialismo europeu), ainda que esses processos restritivos tenham sido contrabalançados por uma liberalização inédita no que respeita os fluxos de pessoas (imigrações transcontinentais) e os movimentos de capitais (unificados sob o regime do padrão ouro).
O século XX econômico termina, não numa suposta era "pós-industrial" (pois a indústria, e não os serviços, continua a ser o traço dominante e característico de nossa civilização), mas numa fase de combinação crescente dos sistemas produtivos e administrativos com as novas características da sociedade da "informação", na qual os elementos "brutos" da produção -- terra, capital, trabalho -- são necessariamente permeados e dominados pela nova economia da inteligência. Os componentes de matéria prima e o valor extrínseco de um bem durável passaram a valer bem menos, no final do século XX, do que o valor intrínseco e a inteligência humana embutida nesses produtos, sob a forma de concepção e design, propriedade intelectual sobre os processos produtivos e sobre os materiais compostos utilizados em sua fabricação, royalties pela cessão e uso de patentes, trade-secrets e transferência de know-how, marcas registradas, marketing, distribuição e publicidade. O setor de serviços certamente cresceu no decorrer do século -- e seu valor agregado superou, na metade do século, o da agricultura e o da indústria combinados -- mas trata-se de uma enorme variedade de "serviços", alguns velhos, muitos novos, vários deles combinados à atividade primária (no chamado agri-business), outros inextricavelmente ligados à produção manufatureira (como o controle informatizado das linhas de montagem e a automação crescente dos processos produtivos).


Economia Mundial do Século XXI

A economia mundial é dominada pelo setor primário, uma vez que o
acesso aos vitais recursos naturais é a chave para o desenvolvimento
sustentado. O Estado é um grande interventor e regulador especialmente nas
áreas ambientais do setor secundário. As economias são bem balanceadas, mas
o gargalo econômico ainda são os recursos naturais e em especial os recursos
energéticos. A preocupação principal do Estado é o acesso de sua sociedade a
tais recursos e sua distribuição de forma eficiente pelos seus cidadãos. Para
evitar desperdícios os Estados de todo o mundo se organizam estabelecendo
cotas de crescimento populacional e econômico e aproveitando da forma mais
eficiente possível os escassos recursos.
Na área da política as oligarquias nacionais se fundem numa oligarquia
mundial. Impedir o acesso democrático ao poder é a melhor forma de
estabelecer e manter o frágil equilíbrio entre as sociedades cujas populações
variam tanto em cultura e tamanho. O governo mundial embora seja uma
federação não é uma democracia, pois com métodos representativos indiretos
é possível barrar o acesso ilimitado ao poder das nações asiáticas e africanas
cujas populações são bem mais vastas. Surge o Estado Oligárquico mundial.
O século XXI passa a ser comparado à idade média onde senhores
feudais regulam quem fica com que parte da produção. Em anos de escassez
quando a produção cai a população tem de acompanhar e a fartura é reduzida.
O mundo é um local onde todos se sentem iguais, mas ninguém é feliz
realmente. Os órgãos reguladores são vistos com grande antipatia e taxados de
senhores feudais.

Política


Guerras e política:
· Nações democráticas começaram a estender
privilégios de voto a todos os adultos.
· Crescimento do
nacionalismo e da percepção nacional estiveram entre as causas da I Guerra Mundial, a primeira das duas guerras que envolveram todas as grandes potências mundiais incluindo Alemanha, França, Itália, Japão, os Estados Unidos e a Commonwealth. A I Guerra Mundial levou à criação de muitos novos países, especialmente na Europa Oriental. Ironicamente, foi considerada por muitos como a 'Guerra que terminaria com todas as Guerras'.
· O resultado político e econômico da I Guerra Mundial levou ao crescimento do
fascismo e do nazismo na Europa, e rapidamente à II Guerra Mundial. Essa guerra também envolveu a Ásia e o Pacífico, na forma de agressão japonesa contra a China e os Estados Unidos. Enquanto a Primeira Guerra Mundial teve suas baixas concentradas entre os soldados, os civis sofreram muito na Segunda — do bombardeio de cidades de ambos os lados (inclusive nuclear), e no genocídio sem precedentes, pelos alemães, dos judeus e outros, conhecido como o Holocausto.
· Durante a
I Guerra Mundial, na Rússia o levante bolchevique levou à Revolução Russa de 1917. Após o envolvimento da União Soviética na II Guerra Mundial, o comunismo tornou-se uma grande força na política global, estendendo-se por todo o mundo: principalmente, à Europa Oriental, China, Indochina e Cuba. Isso levou à Guerra Fria e guerras por proximidade com o Ocidente, incluindo guerras na Coréia (1950-53) e Vietnã (1957-75).
· A "queda do comunismo" no final dos
anos 80 libertou a Europa do Leste e Central da supremacia soviética. Isso também levou à fragmentação da União Soviética e da Jugoslávia em muitos estados, alguns com grande rivalidade étnica, e deixou os Estados Unidos como a superpotência mundial.
· Através da
Liga das Nações e, após a II Guerra Mundial, as Nações Unidas, a cooperação internacional cresceu. Outros esforços incluíram a formação da União Européia, levando a uma moeda comum na maioria dos países da Europa Ocidental, o euro por volta da virada do milênio.
· O final do
colonialismo levou à independência de muitos países africanos e asiáticos. Durante a Guerra Fria, muitos desses se alinhariam com os EUA, a URSS ou a China para defender-se.
· A criação de
Israel, um estado judaico em uma região no mundo de maioria árabe, gerou muitos conflitos, o que foi também influenciado por vastos campos de petróleo em muitos dos países árabes.
· O termo
Sudeste Asiático foi cunhado.

Politica no Brasil:
No final do século XIX temos o inicio do chamado "período republicano", que vai de 1889, com a saída da família imperial do Brasil, com o fim da monarquia, até 1930, com a tomada de poder pelo Getúlio Vargas, na chamada "revolução de 1930", que ocorreu quando foi "legalmente" eleito o presidente Julio Prestes, que representava o interesse das elites. Dado o golpe de 30, Getúlio entra no poder e instaura o chamado "Estado Novo" que findaria em 1946, com a queda de Vargas do poder. Começava então a nova era democrática no Brasil, tendo a frente o vice de Vargas, o Gal. Eurico Dutra.Vargas volta em 1950, legalmente eleito, época em que foi criada a Petrobrás.´Vargas se matou em 1954, pois o clima no governo não era mais o mesmo, assumindo Café Filho.Saiu Café Filho no ano seguinte, assume Juscelino Kubitchek,. Entre seus feitos, é ter "construído" Brasília, até hoje nosso Distrito Federal.

JK sai em 1960 assumindo Jânio Quadros, que também acabou renunciando e saindo da presidência em 1963, ficando em seu lugar João Goulart.Então entramos na chamada ditadura militar, que obrigou Goulart a sair da presidência, pois este tinha contatos com comunismo. Foram presidentes na ditadura: General Humberto de Alencar Castelo Branco, seguido pelo General Arthur da Costa e Silva (1967-1969), o General Emílio Garrastazu Médici (1968-1974), o General Ernesto Geisel (1974-1979) e o General João Baptista de Oliveira Figueiredo (1979-1984). A ditadura foi um período na política brasileira muito interessante. O militar tudo fez para conseguir alcançar seu maior objetivo, o poder. Quando alcançaram ,não souberam lidar com situação. Em 1985 foi eleito Tancredo Neves.

Faleceu no dia da posse, assumindo seu vice, José Sarney. Saiu em 1988 e o Fernando Collor entrou em 1989.

Fernando Collor, o primeiro presidente a sofrer Impeachment na História do Brasil. Sai Collor, entra o Itamar.

Depois assume o poder Fernando Henrique Cardoso, que ficaria dois mandatos por aqui, saindo em 2002, quando assumiu o atual presidente, Luis Inácio "Lula" da Silva.

Música


O Samba:
Derivado da umbigada, um ritmo africano, o samba já era registrado desde 1838, e recebeu influências da modinha, do maxixe e do lundu, e no século XIX a palavra designava uma variedade de danças de origem negra. No início do século XX foi adotado por compositores como Ernesto Nazareth, Noel Rosa, Cartola e Donga, que lhe deram foros de arte retirando-o da relativa obscuridade e legitimizando-o perante a cultura oficial. A partir dos anos 30 recebeu um grande impulso através de compositores como Ary Barroso, Lamartine Babo, Assis Valente, Braguinha, Joubert de Carvalho, André Filho e Synval Silva, e de intérpretes como Carmen Miranda, e ramificou-se em várias direções, dando origem a ritmos como o samba-canção, o samba-enredo e o pagode, e influenciando a Bossa Nova.
De todas as ramificações do samba uma das mais fecundas e duradouras foi o samba-canção, influenciado pelos boleros e baladas, com uma temática romântica que ia do lírico ao trágico, teve em Noel Rosa um de seus maiores compositores, e em Nora Ney, Cauby Peixoto e Ângela Maria alguns de seus maiores cantores. Maysa também foi uma grande intérprete de sambas-canção, embora sua ligação com a Bossa Nova a torne uma figura de transição.


Anos 60: Bossa Nova, Tropicália e Jovem Guarda


A Bossa Nova foi um movimento basicamente urbano, originado no fim dos anos 50 em saraus de universitários e músicos da classe média. De início era apenas uma forma (bossa) diferente de cantar o samba, mas logo incorporou elementos do Jazz e do Impressionismo musical de Debussy e Ravel, e desenvolveu um contorno intimista, leve e coloquial, e baseado principalmente na voz solo e no piano ou violão para acompanhamento, ainda que com refinamentos de harmonia e ritmo. Dentre seus maiores nomes estão o de Nara Leão, Carlos Lyra, João Gilberto e Tom Jobim.

Com uma postura diferenciada e de vanguarda surgiu também nesta década o Tropicalismo e a Jovem Guarda. O Tropicalismo que se caracterizou por associar numa mistura antropofágica elementos da cultura pop, como o rock, e da cultura de elite, como o concretismo, além de fazer uso muitas vezes de um discurso politicamente engajado e de protesto contra a ditadura militar que se instaurou na época, gerando perseguições e obrigando alguns de seus integrantes ao exílio, como foi o caso de Caetano Veloso e Gilberto Gil. O movimento teve grande impacto também sobre o cinema e as artes plásticas. Jorge Ben, Gal Costa,Maria Bethânia, Rogério Duprat, Nara leão, Tom Zé e Os Mutantes são outros de seus grandes representantes musicais.
Já a Jovem Guarda era um movimento que se ligava basicamente ao rock americano e inglês dos anos anteriores, embora no Brasil tenha se suavizado e adotado uma temática romântica em uma abordagem muitas vezes ingênua.

O movimento surgiu das apresentações em um programa de TV da Rede Record que tinha este nome, e seu maior representante foi nesta época Roberto Carlos, junto com Erasmo Carlos, Wanderléa, José Ricardo, Wanderley Cardoso e conjuntos como Renato e Seus Blue Caps, Golden Boys, The Fevers.


Anos 70 e 80
A transição para a década de 70 foi marcada pelo surgimento do que se convencionou chamar de MPB (Música Popular Brasileira), um termo que designa em verdade uma ampla gama de estilos musicais derivados de várias matrizes, desde o rock até os regionalismos, passando pela música de protesto e a nacionalista. A TV passou a desempenhar um papel importante com a realização de festivais, iniciados em 1965, onde se destacou a figura ímpar de Elis Regina, que se tornaria uma das mais importantes cantoras do Brasil. Os nomes de Gal Costa, Simone, Marina Lima e Maria Bethânia marcaram definitivamente os anos 80. Também nesta fase são figuras marcantes Geraldo Vandré e Chico Buarque
.
Com a crescente abertura do Brasil à cultura globalizada dos anos 90 em diante, concomitante ao maior conhecimento, valorização e divulgação de suas próprias raízes históricas, sua música vem mostrando grande originalidade e variedade, observadas na criativa fusão de influências diversas e na riqueza de gêneros musicais encontrados hoje em dia, como o samba, a música sertaneja, o Rock, o samba-reggae, o baião, o forró, o funk, o frevo, o hip hop, o charme a música eletrônica, os regionalistas, entre tantos outros.
Nota-se uma substancial predominância das mulheres no campo da interpretação de canções: desde as divas da era do radio até os dias atuais as mulheres são maioria. Em 2006 mais de 100 discos de intérpretes femininas foram lançadas. No mesmo período, foram lançados apenas 34 discos de intérpretes masculinos.


Música tradicional ou folclórica


Como uma categoria à parte da música clássica e da música popular está a chamada música tradicional ou folclórica, um gênero que é constituído por expressões musicais mais ou menos imutáveis, transmitidas de geração em geração em zonas onde os modernos meios de comunicação e o mercado de consumo ainda não exercem decisivamente sua influência diluidora. Estas expressões se encontram na maior parte das vezes ligadas a festividades, lendas e mitos característicos de cada região, e podem preservar influências arcaicas, onde são detectáveis traços medievais europeus ou indígenas e negros muito antigos, ou de elementos étnicos específicos quando pertencem a regiões de imigração de populações de fora do Brasil, como ocorre no Rio Grande do Sul, que recebeu grandes levas de italianos, açorianos e alemães.
Dentre as mais típicas estão as congadas, da região centro-nordeste do país, os ternos-de-reis, associados a ritos religiosos católicos, o repentismo, gênero de desafio musical em improviso, de larga difusão em todo o Brasil com estilos diversos, e as cantigas de roda, que fazem parte do universo infantil e constituem um riquíssimo acervo musical que tem inspirado compositores do porte de Villa Lobos.

Alguns dos gêneros musicais populares, originários do Brasil mais conhecidos são o Choro, o Samba, a Bossa Nova e a Música Popular Brasileira. Como chorões podemos destacar Pixinguinha, Jacob do Bandolim, Waldir Azevedo e Altamiro Carrilho. Exemplos de sambistas são Cartola\ e Noel Rosa. O maestro Tom Jobim, o poeta Vinícius de Moraes e João Gilberto, por outro lado, são nomes conhecidos ligados à Bossa Nova e cuja obra teve repercussão internacional, tendo sido gravada por nomes como Frank Sinatra e Stan Getz. Posteriormente à Bossa Nova, o movimento conhecido como Tropicália também teve um papel de destaque como música de vanguarda e experimental.
Mas o Brasil tinha também um papel importante na tradição clássica. Considera-se que o primeiro grande compositor brasileiro foi José Maurício Nunes Garcia, contemporâneo de Mozart e Beethoven. Carlos Gomes, autor da ópera O Guarani, adaptação do romance homônimo de José de Alencar, foi o primeiro compositor brasileiro a ter projeção internacional. No século XX destaca-se o trabalho de Heitor Villa-Lobos, responsável pela assimilação pela música erudita de diversos elementos da cultura popular, como os violões e determinados ritmos. Outros compositores importantes, na linha da música erudita são Guerra Peixe, Cláudio Santoro e Camargo Guarnieri.


Até o século XIX Portugal foi a porta de entrada para a maior parte das influências que construíram a música brasileira, clássica e popular, introduzindo a maioria do instrumental, o sistema harmônico, a literatura musical e boa parcela das formas musicais cultivadas no país ao longo dos séculos, ainda que diversos destes elementos não fosse de origem portuguesa, mas genericamente européia. A maior contribuição do elemento africano foi a diversidade rítmica e algumas danças e instrumentos, que tiveram um papel maior no desenvolvimento da música popular e folclórica, florescendo especialmente a partir do século XX. O indígena praticamente não deixou traços seus na corrente principal, salvo em alguns gêneros do folclore, sendo em sua maioria um participante passivo nas imposições da cultura colonizadora.

Moda

Moda, é a tendência de consumo da atualidade. A moda é composta de diversos estilos que podem ter sido influenciados sob diversos aspectos. Acompanha o vestuário e o tempo, que se integra ao simples uso das roupas no dia-a-dia. É uma forma passageira e facilmente mutável de se comportar e sobretudo de se vestir ou pentear.
Para criar estilo, os figurinistas utilizaram-se de cinco elementos básicos: a
cor, a silhueta, o caimento, a textura e a harmonia.
A moda é abordada como um fenômeno sociocultural que expressa os valores da sociedade - usos, hábitos e costumes - em um determinado momento. Já o estilismo e o design são elementos integrantes do conceito moda, cada qual com os seus papéis bem definidos.
A moda é um sistema que acompanha o vestuário e o tempo, que integra o simples uso das roupas no dia-a-dia a um contexto maior, político, social, sociológico. Pode-se ver a moda naquilo que se escolhe de manhã para vestir, no look de um
punk, de um skatista e de um pop star, nas passarelas do mundo, nas revistas e até mesmo no fato que veste um político ou no vestido das avós.
Sabe-se que o homem começou a usar roupas para se proteger, uma vez que a natureza não lhe proporcionou proteção natural. Com isso, o homem se aproveitou das peles dos animais caçados para cobrir o corpo. No entanto, à medida que secava, as peles endureciam, e ficava quase impossível dar-lhes forma. A maneira mais simples foi a mastigação. Ainda hoje, as mulheres esquimós passam parte do dia mastigando as peles trazidas por seus maridos. Mas foi a descoberta do ácido tânico, presente na casca de algumas árvores, como o carvalho e o salgueiro que tornaram as peles permanentemente maleáveis e à prova d’água.
Nesse último post sobre a
‘Enciclopédia da Moda’, da pesquisadora Georgina O’HARA Callan, poderão ser conferidos mais alguns nomes e termos da moda.
- Quitão: Traje que teve origem na Grécia antiga. Embora haja muitas versões resgistradas, o quitão era geralmente feito de um pedaço grande e retangular de tecido, o qual era enrolado em volta do corpo e preso num dos ombros, tendo um cinto abaixo ou acima da cintura. Uma alternativa era formá-lo unindo as extremidades superiores de dois pedaços de pano a uma série de presilhas ao longo dos braços, criando mangas, e amarrá-lo sob o busto. Através dos tempos, o quitão foi adaptado a inúmeros cortes e estilos. Fortuny utilizou-lhe a forma em seu ‘vestido Delfos’.
- Regalo: Acessório cilíndrico, muito usado no final do século XIX, dentro do qual se colocavam as mãos para aquecê-las. O regalo também era empregado como algibeira e como adorno. Variava em tamanho e forma. No início da década de 1900, muitos se assemelhavam a uma pequena almofada. O regalo era feito de seda, cetim, tafetá e plumas, bem como de materiais mais resistentes, como lã, gabardina e pele. Muitos eram forrados com cetim e enfeitados com tule e flores artificiais. A bolsa começou a substituir o regalo no início do século XX.
- Ulster: Sobretudo de lã comprido e folgado que vai até o meio da canela, com um cinto inteiro ou martingale. Originário da província irlandesa do Ulster, foi muito usado por homens e mulheres no final do século XIX e no início do século XX.
- Voile: Tecido plano fino e semitransparente, de fios bem torcidos, feito de algodão, seda, lã ou, no século XX, fibras sintéticas. Desde o século passado, vem sendo usado na confecção de blusa
o final do século - Xantungue: Seda tecida à mão originariamente produzida na província de Shantung, na China. O xantungue do século XX é geralmente feito de seda misturada a algodão ou raiom, criando tecido mais pesado que o original, o qual hoje em dia é pouco encontrado. Os dois tecidos são tradicionalmente usados para roupas toalete.
- Zazou: Versão feminina do terno zoot usado nos Estados Unidos nas décadas de 40 e 50. O tailleur zazou consistia num casaquinho e numa saia justa, usado com sapato alto. Postado em:
conceito de moda / Tags: chico rei, década de 60, década de 70, Enciclopédia da Moda, Georgina O'Haraa lla C n, moda, mundo da moda, quitão, regalo, reticule, saia pião, século XIX, século XX, solidéu, tricórnio, tuxedo, ulster, voile, watteau, xantungue, zazou4 Comments
- Lamê: Da palavra francesa lamé, ‘adornos dourados e prateados’. É o nome dado a tecidos feitos com fios metálicos chatos. Desde a década de 30, é muito usado em vestidos toalete.
- Loden: 1. Tecido resistente semelhante ao feltro. Originário da região do Tirol, Áustria, o loden costumava ser feito de lã de carneiro; no século XX, porém, a alpaca, o pêlo de camelo e o mohair passaram a ser usados. Na virada do século, as cores tradicionais - vermelho, preto ou branco - foram substituídas por um tom de verde que veio a ser permanentemente associado ao tecido. 2. Paletó verde-escuro de lã rústica, que era adornado com assamanaria e tinha gola prussiana. Em meados do século XX, esteve em moda para ocasiões informais.
- Manga Presunto: Justa desde o pulso até o cotovelo, a manga presunto avoluma-se do cotovelo ao ombro, onde é franzida ou pregueada e presa ao corpete de um vestido ou blusa. Foi muito usada no final do século XIX e durante o retorno do estilo Eduardiano, no final da década de 60 e início da de 70.
- Morim: Antigo tecido feito primeiramente em Calicute, sudoeste de Madras, Índia. É um pano de algodão durável e rústico, geralmente tinto. Muito usado como tecido doméstico, no século XX serve para roupas informais de verão.
- Nanzuque: Algodão fino, macio e liso feito em vários pesos, lembrando uma cambraia mais pesada. Foi muito usado durante o século XIX para lingerie e roupas íntimas.
- Obi: Faixa japonesa larga e entretelada, sendo feita de brocado de seda e forrada em cor contrastante. Geralmente, tem cerca de 35 centímetros de largura e 1,2 a 1,8 metro de comprimento. É enrolado em torno da cintura e amarrado num grande laço atrás. Na década de- Decote camponês: Decote baixo, redondo e franzido inspirado numa blusa camponesa e lançado na década de 20. Foi popular tanto para vestidos quanto para blusas.
- Dragonas: 1- Tiras nos ombros de uma túnica ou de um capote militar, utilizadas como meio para prender atavios. Muito populares no final do século XIX, as dragonas também apareceram em jaquetas e casacos de estilo militar durante o século XX, principalmente nas décadas de 30 e 60. 2 - Adorno nos ombros que surgiu das mangas fofas da segunda metade do século XIX 80, foi adaptado à moda pelos estilistas japoneses q dezembro 19, 2008
Vocês sabem a até que ponto uma marca influencia em seu gosto? Sabe quando ela interfere
em suas escolhas? Nesse post colocaremos algumas questões sobre os valores da marca de moda.
De acordo com o sociólogo francês Guillaume Erner (2005), a marca é um objeto inédito que, surgido durante o século XIX, teve sua evolução e relevância alcançada ao longo do século XX. A fim de reforçar o caráter prestigioso da marca, o autor levanta a questão da atemporalidade em relação aos modismos, afirmando que “diferentemente das modas que passam e desaparecem, as marcas nunca morrem completamente”. (Livro ‘Vítimas da Moda’. Guillaume Erner, 2005, p.79).
Além de legitimar o produto, a marca valoriza quem a consome, exercendo um poder simbólico, e servindo como elemento diferenciador da sociedade. Podendo sugerir status, poder e riqueza, a marca de moda gera uma identidade, o que facilita no processo de reconhecimento pelo público consumidor. Como observa a estilista Sue Jenkyn Jones (2005, p. 74): “às vezes, usar uma marca ou etiqueta conhecida é mais importante para o consumidor do que a própria peça de roupa.”
Assim, a marca provê o valor a mais sobre o produto, pois atende aos anseios, entende os desejos e os satisfaz. Trabalhavam em Paris.


Histórico:
Na antiguidade: Os seres humanos passaram a se cobrir com peles de animais para se proteger do clima e, com o tempo, essa proteção foi se tornando cada vez mais sinônimo de poder e status.
No período
bizantino dava-se valor, por exemplo, às roupas na cor roxa, pois essa cor era derivada de um pigmento muito raro que só a nobreza tinha condições de adquirir.
Já os mais pobres usavam roupas na cor
azul, que era feita com uréia, encontrada em abundância, pois os tintureiros tomavam muitas bebidas alcoólicas, faziam a urina em baldes, e essa era utilizada para tingir as peças de tecido.

A moda na Idade Moderna:
A idade moderna é a época que vai do século XV ao XVIII. Ao contrário do que muitos pensam idade moderna não é o tempo em que vivemos hoje, século XXI. Hoje vivemos no que os historiadores chamam de idade contemporânea.
A moda na idade moderna é marcada pelo uso do sapato de salto alto, perucas, rendas e frufrus. O Rei Luis XIV foi o grande lançador de modas acompanhado por Luis XV e Luis XVI. Daí o nome do salto Luis XV
.

A moda nos anos 1920
Nessa época, a moda já estava livre dos
espartilhos do século XIX. As saias já mostram mais as pernas e o colo. Na maquiagem, a tendência era o batom. A boca era carmim, em forma de coração. A maquiagem era forte nos olhos, as sobrancelhas eram tiradas e o risco pintado a lápis. A tendência era ter a pele bem branca.


Moda de 1925
Foi a época de
Hollywood em alta, e a maioria dos grandes estilistas da época, como Coco Chanel e Jean Patou, criaram roupas para grandes estrelas.
Foi uma
década de prosperidade e liberdade, animada pelo som das jazz-bands e pelo charme das melindrosas, as mulheres modernas da época, que frequentavam os salões e traduziam em seu comportamento e modo de vestir o espírito da também chamada Era do Jazz.
A silhueta dos
anos 20 era tubular, os vestidos eram mais curtos, leves e elegantes, com braços e costas à mostra. O tecido predominante era a seda. Os novos modelos facilitavam os movimentos frenéticos exigidos pelo charleston - dança vigorosa, com movimentos para os lados a partir dos joelhos. As meias eram em tons de bege, sugerindo pernas nuas. O chapéu, até então acessório obrigatório, ficou restrito ao uso diurno. O modelo mais popular era o "cloche", enterrado até os olhos, que só podia ser usado com os cabelos curtíssimos, a "la garçonne", como era chamado. A mulher sensual era aquela sem curvas, sem seios e com quadris pequenos. A atenção estava toda voltada aos tornozelos.
A
sociedade dos anos 20, além da ópera ou do teatro, também freqüentava os cinematógrafos, que exibiam os filmes de Hollywood e seus astros, como Rodolfo Valentino e Douglas Fairbanks. As mulheres copiavam as roupas e os trejeitos das atrizes famosas, como Gloria Swanson e Mary Pickford. A cantora e dançarina Josephine Baker também provocava alvoroço em suas apresentações, sempre em trajes ousados.
Em
1927, Jacques Doucet (1853-1929), figurinista francês, subiu as saias ao ponto de mostrar as ligas rendadas das mulheres - um verdadeiro escândalo aos mais conservadores. Foi a época da estilista Coco Chanel, com seus cortes retos, capas, blazers, cardigãs, colares compridos, boinas e cabelos curtos. Durante toda a década Chanel lançou uma nova moda após a outra, sempre com muito sucesso.

Figurinistas da década de 1920
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Jacques Doucet (1853-1929), um figurinista francês, em 1927, subiu as saias para mostrar as ligas rendadas.
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Coco Chanel criou a moda dos cortes retos, capas, blazers, cardigãs, colares compridos, boinas e cabelos curtos.
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Jean Patou, estilista francês teve o foco na criação de roupas esportivas. Inclusive para a tenista Suzanne Lenglen. Também revolucionou a moda da praia com seus maiôs.


Hippies
Décadas de 60 e 70
Na imagem a cima vemos dois manetas(david silva)e (pedro palma) que, transmitiam a
paz e amor, lemas da época, por cores alegres e estampas floridas, demonstrando sensibilidade, romantismo, descontração e bom humor, como também a liberdade de expressão perante o regime ditatorial em países como o Brasil, Chile e França. A maquiagem era essencial e feita especialmente para o público jovem. O foco estava nos olhos, sempre muito marcados. Os batons eram clarinhos ou mesmo brancos e os produtos preferidos deviam ser práticos e fáceis de usar. Nessa área, Mary Quant inovou ao criar novos modelos de embalagens, com caixas e estojos pretos, que vinham com lápis, pó, batom e pincel. As perucas também estavam na moda e nunca venderam tanto. Mais baratas e em diversas tonalidades e modelos, elas eram produzidas com uma nova fibra sintética, o kanekalon.

Sabendo mais:
Os tecidos mais utililzados Nesta época, todos os tecidos eram de fibras naturais como linho, algodão, lã, sedas. Mas já se contava com uma grande variedade de tramas como os crepes, chamalotes, veludos, tafetás, cetins, cassas, gorgorões, etc.
Para ficar em casa Dentro de casa, usava-se um robe originalmente concebido como “robe de chambre”, que dispensava o uso de espartilhos.
Nas ruas Já para sair, as mulheres tinham toda uma composição. Os vestidos eram de dois tipos: feitos em uma só peça (chamado estilo “princesa”) ou com corpete e saia separados.
Estilo ‘princesa’ O estilo “princesa” tinha variações. O mais popular, o polonaise (às vezes todo abotoado na frente) nada mais era do que uma releitura da moda do final do século XVII.
Os calçados Em geral, as botinhas eram feitas em couro de duas tonalidades. Elas eram de salto baixo e mais largo e tinham um fechamento lateral que podia ser de cadarço ou de botões. Às vezes, havia sapatos forrados de tecidos fazendo conjunto com os vestidos

A História do sapato
Alguns estudos mostram que há pinturas paleolíticas em cavernas da França e Espanha indicando a existência de calçados já em 10.000 a.C. Porém, há pesquisadores que afirmam que os sapatos foram inventados na Mesopotâmia, onde atualmente fica o Iraque, há mais de 3.200 anos. Eles eram feitos de couro macio para que os antigos pudessem atravessar trilhas montanhosas.
No Egito Antigo, entre 3.100 a.C. e 32 a.C., apenas os nobres usavam sandálias de couro. Os faraós usavam calçados deste tipo adornados com ouro.
Os gregos, que criaram os preceitos fundamentais da civilização ocidental, mostraram vanguarda não só na filosofia, na ciência e na política, mas também na moda: estudos mostram que alguns chegaram a usar um modelo diferente em cada pé.
Durante o Império Romano, os calçados denunciavam a classe ou grupo social do indivíduo. Os senadores utilizavam sapatos em cor marrom, em modelos que amarravam na panturrilha por quatro tiras de dois nós. Para os cônsules romanos a cor indicada era o branco. Os calçados das legiões eram as botas de cano curto. Mulheres calçavam sapatos brancos, vermelhos, verdes ou amarelos.
Na Idade Média, a maioria dos sapatos tinha a forma das atuais sapatilhas. Eram feitas de couro. Nobres e cavaleiros usavam botas de melhor qualidade.
O rei Eduardo (1272-1307), da Inglaterra, padronizou a numeração dos sapatos. No mesmo país, em 1642, há o registro da primeira produção "em massa" de sapatos em todo o mundo: Thomas Pendleton fez quatro mil pares de sapato e 600 pares de botas para o Exército.
Durante a Revolução Industrial, no início no século XVIII, na Inglaterra, as máquinas passaram a produzir calçados em larga escala.
No século XX, novos materiais, técnicas e tecidos entram na produção, que passa a ser setorizada entre design, modelagem, confecção, distribuição, entre outros setores. A necessidade dos atletas obterem um melhor desempenho em competições originou um novo segmento na indústria, voltado aos esportes, o que possibilitou a criação de tênis tecnológicos, que invadiram o vestuário de todos grupos sociais. Além disso, a explosão da moda entre o público médio, a partir dos anos 80, também possibilitou o aumento do número de pessoas que passaram a consumir calçados de grife, tanto os mais simples quanto aqueles assinados por grandes estilistas, verdadeiros artigos de luxo.

Teatro

No século XIX as inovações cênicas e infra-estruturais do teatro tiveram prosseguimento. O teatro Booth de Nova York já utilizava os recursos do elevador hidráulico. Os recursos de iluminação também passaram por muitas inovações e experimentações, com o advento da luz a gás. Em 1881, o Savoy Theatre de Londres foi o primeiro a utilizar iluminação elétrica.Os cenários, assim como o figurino, procurava reproduzir situações históricas com um realismo bastante apurado. As sessões teatrais, em que outrora se encenavam várias peças novas ou antigas, foram passando a ser utilizadas apenas para a encenação de uma peça. Todas as inovações pelas quais o teatro foi passando exigiram o surgimento da figura do diretor, que trata de todos os estágios artísticos de uma produção. Ao final do século XIX uma série de autores passou a assumir uma postura de criação bastante diversa da de seus predecessores românticos, visando a arte como veiculo de denúncia da realidade. Escritores como Henrik Ibsen e Emile Zola foram partidários dessa nova tendência, cada qual com sua visão particular.
O teatro do século XX caracteriza-se pelo ecletismo e pela grande quebra de antigas tradições. O "design" cênico, a direção teatral, a infra-estrutura e os estilos de interpretação não se vincularam a um único padrão predominante. Entretanto, pode-se dizer que as idéias de Bertolt Brecht foram as que mais influenciaram o teatro moderno. Segundo dizia Brecht, o ator deve manter-se consciente do fato que esta atuando e que jamais pode emprestar sua personalidade ao personagem interpretado. A peça em si, por sua vez, assim como a mensagem social nela contida, deveria ser o supremo objeto de interesse. Para tanto, os espectadores deveriam ser constantemente lembrados que estão vendo uma peça teatral e que, portanto, não identifiquem os personagens como figuras da vida real, pois neste caso a emoção do espectador obscureceria seu senso crítico.
Dado o seu temor no caso dos atores mostrarem-se incapazes de desempenhar os papéis com tanta imparcialidade, Brecht utilizou vários recursos que libertariam as encenações de quaisquer ilusões de realidade que poderiam ser criadas nas mentes dos espectadores. A cenografia se dirigia a muitos efeitos não-realísticos, assim como as próprias atividades de mudança de palco podiam ser vistas pelo público. No teatro contemporâneo tanto as tradições realistas como as não-realistas convivem simultaneamente.

Cinema

Cinema mudo:
Desde o início, inventores e produtores tentaram casar a imagem com um som sincronizado. Mas nenhuma técnica deu certo até a década de 20. Assim sendo, durante 30 anos os filmes eram praticamente silenciosos sendo acompanhados muitas vezes de música ao vivo, outras vezes de efeitos especiais e narração e diálogos escritos presentes entre cenas.


Hollywood
Até esta época, Itália e França tinham o cinema mais popular e poderoso do mundo mas com a
Primeira Guerra Mundial, a indústria européia de cinema foi arrasada. Hollywood começou a se destacar no mundo do cinema fazendo e importando diversos filmes. Thomas Edison tentou tomar o controle dos direitos sobre a exploração do cinematógrafo. Alguns produtores independentes emigraram de Nova York à costa oeste em pequeno povoado chamado Hollywood, encontraram condições ideais para rodar: dias ensolarados quase todo ano, diferentes paisagens que puderam servir como locações. Assim nasceu a chamada "Meca do Cinema", e Hollywood se transformou no mais importante centro cinematográfico do planeta.
Nesta época foram fundados os mais importantes estúdios de cinema (Fox, Universal, Paramount) controlados por judeus (Daryl Zanuck, Samuel Bronston, Samuel Goldwyn, etc.) que viam o cinema como um negócio. Os estúdios encontraram diretores e atores e com isso nasceu o "star system", sistema de promoção de estrelas de Hollywood.
Começaram a se destacar nesta época comédias de
Charlie Chaplin e Buster Keaton, aventuras de Douglas Fairbanks e romances de Clara Bow. Foi o próprio Charles Chaplin e Douglas Fairbanks junto a Mary Pickford e David Wark Griffith que acabaram criando a United Artist com o motivo de desafiar o poder dos grandes estúdios.

O cinema no mundo:
Em alternativa a Hollywood existiam vários outros lugares que investiam no cinema e contribuíam para seu desenvolvimento.
Na França, os cineastas entre
1919 e 1929 começaram um estilo chamado de Cinema Impressionista Francês ou cinema de vanguarda (avant garde em francês). Se destacaram nesta época o cineasta Abel Gance com seu filme épico "J’Accuse" e Jean Epstein com seu filme "A queda da casa de Usher" de 1929
Na Alemanha surgiu o expressionismo alemão donde se destacam os filmes "Das Cabinet des Dr. Caligari" ("O gabinete do doutor Caligari") de 1920 do diretor Robert Wiene, "Nosferatu", "Phantom" ambos de 1922 e do diretor Friedrich Wilhelm Murnau e Metrópolis de Fritz Lang de 1929.
Na
Espanha surgiu o cinema surrealista donde se destacou o diretor Luis Buñel. "Un Perro andaluz" (ou "Um Cão Andaluz" em português) de 1928 foi o filme que mais representou o cinema surrealista de Buñel.
Na
Rússia se destacou o cineasta Serguei Eisenstein que criou uma nova técnica de montagem, chamada montagem intelectual ou dialética. Seu filme de maior destaque foi "The Battleship Potemkin" (ou Br: "O Encouraçado Potemkin", pt: "O Couraçado Potemkin") de 1925.
Infelizmente, cerca de 90% dos filmes mudos se perderam. De fato, a maioria dos filmes mudos foi derretida a fim de recuperarem o
nitrato de prata, um componente caro.

Anos 40
A
Segunda Guerra Mundial fez com que a Inglaterra e Estados Unidos produzissem vários filmes com apelo patriota e que serviram de propaganda de guerra. Havia também já no final da guerra filmes antinazistas. Dentre os filmes que retrataram a época da guerra se destacou o popular "Casablanca" de 1943 com o ator Humphrey Bogart.
No começo da década, o diretor
Orson Welles lançou o filme "Citizen Kane" (em Portugal, "O Mundo a seus Pés"; no Brasil, "Cidadão Kane") com inovações como ângulos de filmagem e narrativa não linear. Em 1946, o diretor Frank Capra lançou o filme "It's a wonderful life". Ambos os filmes estão classificados entre os melhores de todos os tempos.
No ano de
1947, o Comitê de Segurança dos Estados Unidos fez a primeira lista negra de Hollywood acusando 10 diretores e escritores de promover propaganda comunista. Os filmes "Mission to Moscow" e "Song of Russia" foram considerados propaganda pró-soviética.
Na
Itália nascia o Neo-realismo como reação ao cinema fascista do regime de Mussolini, e buscava a máxima naturalidade, com atores não profissionais, iluminação natural e com uma forte crítica social. Se considera inaugurado o gênero com "Roma, cidade aberta" (de 1945), ainda que se considera como seu maior representante "Ladrão de bicicletas" de Vittorio de Sica

Anos 50
O Comitê de Segurança amplia a lista negra incluindo diretores, atores e escritores incluindo até mesmo
Charles Chaplin.
O início da década de 50 marcou para a chanchada brasileira uma enorme reviravolta. Embora a Atlântida tenha se consagrado na década anterior como uma das mais fortes indústrias cinematográficas do país, ainda assim as produções eram um tanto desleixadas. Os estúdios estavam mal acomodados, os equipamentos sem a manutenção necessária e os atores recebiam quantias ínfimas pelo árduo trabalho de interpretar em condições precárias. No fim da década 40, mais precisamente no ano 47, o sucesso das chanchadas trouxe para a Atlântida uma série de novos investidores, interessados principalmente em participar dos lucros da empresa, então ainda sob a administração dos irmãos Burle e Moacyr Fenelon. Entra em cena nesta altura um personagem que será fundamental na consolidação das produções da Atlântida na década de 50: Luís Severiano Ribeiro Jr. Severiano entrou juntamente com vários outros empresários nos investimentos em produções, que a ele principalmente interessavam por seu domínio em pelo menos 40% das salas de exibição no Brasil. Assim, ele poderia participar dos lucros de uma forma muito maior. A grande surpresa veio, ainda em 1947, quando noticiaram que Severiano havia comprado uma grande quantia de ações da Atlântida, tornando-se acionista majoritário e, consequentemente, dono da companhia.
Os filmes 3-D porém duraram pouco tempo, de
1952 até 1954 dentre os quais se destacou o filme "House of Wax" de 1953.
No final da década de 50 surgia na
França o maravilhoso nouvelle vague donde se destacaram Claude Chabrol, Jean-Luc Godard ("O Acossado") e François Truffaut ("Os Incompreendidos").
O
cinema da Índia era produzido em grande escala mas no ano de 1955 pela primeira vez ganhou reconhecimento internacional com o filme "Pather Panchali" (ou "A canção do caminho").

Anos 60
Nos anos 60 o sistema Hollywood começou a entrar em declínio. Muitas produções passaram a ser feitas em Pinewood Studios na
Inglaterra e Cinecittà na Itália ficando fora de Hollywood. "Mary Poppins" de 1964 da Walt Disney Productions, "My Fair Lady" também de 64 e "The Sound of Music" (Br: A noviça rebelde — pt: Música no coração) de 1965 estão entre os filmes mais rentáveis da década.
Iniciado pelo diretor
John Cassavetes, o cinema americano passou a tomar novos rumos com a produção independente com orçamento reduzido.
Na França o destaque ficou para "Jules e Jim" de
1962 (Br: "Uma mulher para dois" do diretor François Truffaut. Na Itália foi o filme "La dolce Vita" de Federico Fellini de 1960. Na Inglaterra o destaque ficou para o início da série de filmes de 007 com o filme "Dr.No" em 1962. Na América Latina o maior destaque ficou por conta da Argentina e do diretor Fernando Solanas.